quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dois meses sem Nicotina... E a Dilma continua trocando Ministros


Hoje estou superlativa. Melhor assim, porque desta forma comemoro com mais entusiasmo os mais de 60 dias sem o cigarro. Por isso, VIVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (Isso faz parte da parte superlativa acentuada, atenuada, exagerada, exacerbada em mim hoje).

Pra começar, quero justificar um pouco a nossa ausência aqui no blog. Foi a soma de alguns elementos que nos fez dar essa super pausa nos nossos textos sem nicotina. Uma delas é a correria mesmo deste final de 2011. Normais que somos, também sofremos da SINFA (Síndrome da Intolerância de Fim de Ano) que assola o mundo – podem reparar: todos, todos ficam estranhos nessa época – então uma é essa: a correria desenfreada + a intolerância quase que epidemiológica que nos acomete.

Uma outra (essa é ótima!) é, na verdade, a “necessidade” de escrever menos. Vejo isso como fator muito positivo porque a pior parte ficou para trás e, como sofremos menos, temos uma necessidade menor de expressar, de desabafar, de trocar, de ocupar os dedos e a mente para não acender um cigarro.

E, por fim, mas não menos importante, ficamos desfalcados sem os indescritíveis textos do nosso amigo Fernando França. Ele justifica que não quer escrever porque está com vergonha (Hããã??? Fernando França com vergonha???) de escrever já que ele se aventurou à alguns cigarrinhos nesses dias últimos. Muita adrenalina, muita mudança, muita novidade, reviravoltas, recomeços, reencontros, redescobertas. O momento pesou e foi muito difícil segurar a onda. Aqui, Fernando França, publicamente?! Você já me fez orgulhosa por ter tentado. Outra: você deve se orgulhar de si mesmo porque viu que não vai morrer sem o cigarro; que é possível respirar (e muito melhor, diga-se) sem o cigarro. Portanto, meu amigo combatente, a sua hora vai chegar e nós estaremos aqui: por e com você. Nos mesmos endereços físicos e virtuais.

E como estamos, afinal?! Muito bem, obrigada. Sem pavio, mas bem (não vou nem falar dos nossos ministros; deixo minha revolta só no título). Outro dia, os três amigos e sua fiel apoiadora se encontraram em resenha de fim de semana. Tivemos uma deliciosa noite de sexta-feira com cerveja, vinho, comidinhas deliciosas, fotos da Europa e rock (“bebê”) e não teve nem espaço e nem tempo pro cigarro. Só levantamos pra atacar a geladeira do Serginho e não precisamos nos preocupar em ficar pendurados na janela iguais a uns bocós. Foi muito legal!..

Fora isso (que já é tanto) começo a me sentir cada vez mais “normal”. A vida, de fato, começa a seguir com muita normalidade e naturalidade sem o cigarro. Ele não faz parte dela mais e ponto. Os hábitos (antigos) começam a voltar – tipo escovar os dentes no máximo cinco vezes ao dia -. Mas, claro, não estou dizendo aqui que é fácil. Não é. Não tem um dia sequer que eu não pense ou não me lembre do cigarro, seus horários e prazeres. Aliás, comentei com os meninos: vamos sempre sentir falta do cigarro, não seremos (infelizmente) aquele tipo de ex-fumante que tem nojo do cigarro e tudo que ele representa. Sabemos que somos melhores sem ele, que é muito melhor não fumar do que fumar, que já avançamos muito nesses 60 dias, que somos menos fedorentos, que somos mais gordos, que aqueles não fumantes ao nosso redor são mais felizes, tudo isso... Mas sempre teremos vontade de fumar. Ela só não pode ser maior do que nossa capacidade de pensar.

De novo ( e sempre): obrigada, obrigada, obrigada e mil vezes obrigada aos meus grandes amigos de luta; aos nossos carinhosos e incentivadores leitores; aos meus amigos todos e sempre perfeitos; aos meus colegas, companheiros e irmãos de trabalho; aos meus queridos familiares; ao laboratório Novartis pelo adesivo (estou entrando na penúltima fase), à minha maravilhosa, lindíssima e paciente família e, sobretudo, a Deus (que é só bondade e luz na minha vida) por me sustentarem nessa escolha. Nessa luta, que eu bem sei, nunca terá fim porque não tem vencedores. Mas que também me dá o bálsamo da chance de saber que posso caminhar sem ser derrotada.

#LiNaMarieClaireQueHomemNãoGostaDeMulherQueUsaHashtag – dedico essa ao autor.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A volta dos sintomas - por Fernando frança

Os sintomas batem à porta, novamente

Um peido passageiro! Foi assim que se transformou o meu contato com o troço que solta fumaça, depois que escancarei a minha fraqueza e admiti que fumei numa noite de festa. Um alívio, uma sensação de que foi apenas um momento, mas que passou e outros momentos já estão acontecendo.

Já reclamaram do meu tom escatológico para exemplificar as coisas. Há maneira mais simples? Não! Todo mundo peida, caga e mija, não é mesmo? Pois é! Agora que já desabafei e estou me sentindo mais leve de consciência, vou falar o que quero.

E hoje quero isso: falar que não comi vários travestis e nem falei que iria comer a Wanessa e seu filho. Portanto, não tenho motivo de ficar com a consciência pesada. Ronaldo Fenômeno e Rafinha Bastos que fiquem com a consciência deles.

Apesar dessa leveza na cabeça, tô sentindo o peso no corpo. Os efeitos que me atacavam nos primeiros dias que fiquei sem fumar, quando começamos a escrever este blog, na segunda quinzena de setembro, continuam. A prisão de ventre está fortíssima, a dor de cabeça muito grande e a vontade de comer, avassaladora.

Realmente, estou recomeçando. Mesmo após uma noite apenas de fumo, voltei à estaca zero, de corpo e alma, literalmente. A insônia e os sintomas de "a qualquer momento terei um ataque de nervos" estão fortíssimos. Mas vou levando, tentando e conseguindo.

Putz! Só de pensar que terei que reacostumar o meu intestino a cagar na hora certa, voltar a dormir sem Dramim, parar de tomar Neosaldina e me segurar para não atacar as gôndolas de chocolate das Americanas, já é algo para se desesperar.

Hummmmm...que vontade de mandar tudo pra PQP e acender um troço que solta fumaça. Ahhh...que delícia seria tomar um café preto agora e acender um....oops! Chega! Ainda estou no delírio, desculpem!

Bora pra frente, que essa praga não me pega mais! Passar por tudo novamente é duplamente sofredor e desesperadamente emburrecedor.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dia 00 - por Fernando França

Começar de novo e contar comigo

Fumei! Fumei, fumei, fumei! Não há outra maneira de começar este post. Foi na última sexta-feira, quando comemorei a despedida de São Luis. Trouxe para a minha casa todos os amigos que fiz aqui no Maranhão e enchemos a cara. Enchemos a cara com as bebidas caríssimas que comprei.

Não sei se fumei por causa da felicidade, das bebidas, do momento, ou se foi por causa de ter gastado o que gastei para fazer essa despedida. Como diriam lá em Caratinga: "Nossinhora! Foi dinheiro a dar com o pau"!

Durante o momento em que voltei a ter contato com o troço que que solta fumaça, fiquei felicíssimo! Foi um êxtase que nunca senti na vida! Delicioso! Fumei um maço (ou mais, não me lembro). Acho que nunca me senti tão bem, como neste dia.

Não sei se foi a despedida do Maranhão, a volta pra casa, a companhia dos amigos (verdadeiros amigos!) que fiz aqui, ou se foi o troço. Foi o troço! Tenho certeza! Parecia que eu estava me drogando com algo alucinógeno, uma sensação perfeita!

No dia seguinte....ai o dia seguinte....foi péssimo! Dor de cabeça, dor no peito, falta de ar e muito vômito! Não sei se foi ressaca da cerveja, ressaca do dinheiro gasto ou se foi arrependimento por ter fumado. Acho que foi isso! Tive a mesma sensação (e efeitos) que o Ronaldo Fenômeno deve ter tido quando comeu os travestis, ou que o Rafinha Bastos teve quando gritou que iria comer a Wanessa e seu filho, uma sensação de "nunca,mas nunca, eu deveria ter feito isso"!

Veio a minha cabeça o esforço do Serginho e da Regina, o incentivo que este blog está dando para algumas pessoas, a felicidade de minha mãe em saber que eu tinha parado de fumar e o apoio dos meus amigos. Eu me senti um fracassado! Um Zé Ninguém!

Esperei o dia nebuloso passar e o dia seguinte também. Ontem fiquei pensando em como escancarar essa minha fraqueza publicamente. Veio medo, vergonha, mas logo em seguida apareceu a coragem. E é isso que acontece agora, enquanto estou escrevendo.

Tenho a coragem em confessar: fracassei! Mas também tenho a integridade de falar: recomeçarei! Aliás, já estou recomeçando. Não vou contar os dias, não quero saber o que se passou (por isso comecei o post com "Dia 00"). Vou comemorar o que virá pela frente, o que me deixará incentivado em continuar esta luta.

Agora não vou parafrasear nenhum poema e nem parodiar alguma música. Vou apenas citar os versos de uma canção sensacional e que vai resumir o que virá pela frente depois dessa fraqueza, o que será o meu incentivo.

"Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido"

Com o Ivan Lins me despeço, mas é com o Fernando França que ficarei. Esse cara que está dando o máximo de si para conseguir chegar ao seu máximo.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Momento de agradecer - Por Sérgio Cappai

Bem amigos, 
 
 
Estou feliz em dizer que se passaram mais de 30 dias e aquela ansiedade pelos possíveis reflexos da vida sem nicotina foi superada. A conclusão é que alguns momentos são mais difíceis e a fase inicial passou sem maiores sustos. Estou impaciente com as pessoas do mundo e por isso estou evitando um contato maior com o resto do planeta, mas isto não tirou minha vontade de lutar contra o cigarro.
Apesar do humor alterado, estou melhor com minha alto estima e isto tem melhorado minha relação comigo mesmo. Provar que sou capaz de conseguir algo que desejo é muito gratificante. Sensação muito boa. 
Mas não consegui isto sozinho.....
Tenho que agradecer a Chris, que apesar de não ter me poupado de momentos de alta tensão, tem sido uma companheira e tanto, como sempre foi e sempre será. Afinal de contas é por isso que nos casamos. Chris, te amo muito!
Também quero agradecer a sempre incentivadora Regina e o meu grande companheiro de várias aventuras, Fernando França. Foi muito bom dividir este primeiro mês sem nicotina com vocês. Valeu a todos que mandaram mensagens de apoio. Ao meu irmão Saulo, ao Rafael Afonso que tiveram a audácia de desafiar o vício e lutar esta grande batalha também.


Estou agradecendo porque sinto que este primeiro mês foi uma vitória! É claro que foi só uma batalha, mas estou certo que foi a maior de todas. O que vier agora, será mais fácil, mas mantenho a firmeza no propósito. Se entregar jamais!!
Rumo ao primeiro ano sem nicotina! E curiosamente mantendo meu peso!

#faltam330diaspara1ano

Muito celebração vem pro aí!!!!